Muito amor !
Após o obvio
Brota mania incorrigível
de se ver, momento após outro
a vasculhar alguns sentidos
e raízes se aprofundam a cada pulsar
a cada toque de corações
que, pobres, nem se contem
e nem mais convem aterem-se,
prenderem-se a princípios desconexos
..gentis...elegantes e aventureiros...
mas gentis ... hospitaleiros
quase ópio do nexo !
louca imaginação ...
olhares que se cruzam
vozes se assemelham a igual tentação
toques que se pertencem a livre intenção
caminhos que se pendem a mesma direção
não foi em vão...
nada é em vão !
faz-se bendita a mesma comunhão...
quem há de dizer feia tão intensa conclusão...?
cobre-se cada centímetro de elétricos picos
forja-se mitos, misturas, raios, convulsões
novas figuras, partituras...
vulcão em porões empoeirados,
nossos pulmões...
elos que elevam entumecidas contrações
nossos gemidos,
novos sentidos,
renega-se ao tempo
arroja-se , entrega-se...
aos ventos...vendavais...contratempos
sentinelas em tormento
Chora-se ao acaso
brada-se ao léu,
neste céu de inúmeros fogos
em rogo cava-se o maior mistério
criaturas em elevação...
fala-se de valores,
de grandes amores,
odores dos nossos eus,
pincela-se águas...nossos perfumes
costumes em clamar pelo depois
nós dois...
desejo de ser um só
fala-se de amor
pede-se razão...
ignora-se o coração...
ahhhhhhhhhhh nãããooo...
isso nãoooo !!!!
vive-se de negação
ou morre-se por momento...
negando sentimento
de emoção...ou ... solidão ?
consternação !!!
comiceração !!!
abraça-me...
agora é real, não é ilusão !