Os Seios de Tereza
parem tudo... deixem passar...
qualquer coisa movente
cesse agora o movimento:
deixem, deixem passar
os seios de Tereza.
enlouquecem-me a loucura
desvirginam os meus sonhos
corrompem meus juízos:
são eles agora e sempre
os seios de Tereza.
insinuação da beleza
essência da magia
fruto jamais proibido
cartilha da santidade
são os seios de Tereza.
feitos para ninguém
não se emprestam ao toque
não se vendem aos olhos
são gratuitos ao poeta
os seios de Tereza.
assexuados, divinos
encerram toda idéia
crucificam pulsações
apagam os tesões
os seios de Tereza.
só eu sei toca-los
só eu para amá-los
só eu para entende-los:
quero, preciso, não vivo sem
os seios de Tereza.
não são para os mortais
nem homens nem mulheres
só os deuses se apaixonam
e não murcham nem flacidam
os seios de Tereza.
são meus vãos e nervos
conduzem sensações
purificam meus desvios
eternizam meus desejos
os seios de Tereza.
só eu sei – só eu sinto
só eu quero – só eu entendo
só eu posso ser – só eu posso ter
antes durante depois eternamente
os seios os seios e os seios
os seios de Tereza