Sei Lá...
Despejei uma concha de feijões
Sobre o tabuleiro de xadrez.
O erro foi meu: ! roubei minha vez!
É que a rainha estava faminta
A Gesebel careca que vivia !Destinta!
Numa torre subterrânea: Seu poço...
Mais raso que a pele
De uma astronômica salmonela
Poço de boca sempre aberta
Pintada por ela
Com o invisível batom da água incerta
Que cheirava a caviar
E era,
No entanto,
! Amortadela!
E, então, nesse jogo planeado
A conselho dos “bispos”
Dizimei para o “rei”
Que era corno e eu sabia
Mas eu não lhe contei...
E do único nada:
Um pão que restou...
Alimentei aos peões
E dei bóia aos cavalos
Como fiz? Sei talvez...
Tive muitos resvalos...
Realmente não sei...
Mas, “no meu xadrez”
Sou “Peão quatro preso de Rei”...
E nas noites da vida eu sigo pensando:
Se apenas foi isto que pude aprender
Nestes quatro mil anos em que estou a morrer
E de quantos mais segundos imprecisos preciso
Na potência “n”, ou na dos inventados infinitos ou do endividado “PI”
Para novamente acreditar
Que é possível ao Amor nadar
Como nadam os velhos mosquitos
Entre o hidrogênio e o oxigênio
Nas águas da separação.
Não sei, não...
Só sei que preciso
Mesmo que imprecisamente saber
Se para viver
É preciso tanto
Morrer...
Despejei uma concha de feijões
Sobre o tabuleiro de xadrez.
O erro foi meu: ! roubei minha vez!
É que a rainha estava faminta
A Gesebel careca que vivia !Destinta!
Numa torre subterrânea: Seu poço...
Mais raso que a pele
De uma astronômica salmonela
Poço de boca sempre aberta
Pintada por ela
Com o invisível batom da água incerta
Que cheirava a caviar
E era,
No entanto,
! Amortadela!
E, então, nesse jogo planeado
A conselho dos “bispos”
Dizimei para o “rei”
Que era corno e eu sabia
Mas eu não lhe contei...
E do único nada:
Um pão que restou...
Alimentei aos peões
E dei bóia aos cavalos
Como fiz? Sei talvez...
Tive muitos resvalos...
Realmente não sei...
Mas, “no meu xadrez”
Sou “Peão quatro preso de Rei”...
E nas noites da vida eu sigo pensando:
Se apenas foi isto que pude aprender
Nestes quatro mil anos em que estou a morrer
E de quantos mais segundos imprecisos preciso
Na potência “n”, ou na dos inventados infinitos ou do endividado “PI”
Para novamente acreditar
Que é possível ao Amor nadar
Como nadam os velhos mosquitos
Entre o hidrogênio e o oxigênio
Nas águas da separação.
Não sei, não...
Só sei que preciso
Mesmo que imprecisamente saber
Se para viver
É preciso tanto
Morrer...