Para Qualquer Amor

Se o tempo da angústia cala as mãos,

como viver meu olhar que teima em viver no seu?

Sem sentido é meu ventre que gesta o sonho de um filho seu.

Menino crescido tem um nome certo e mil incertos.

Nas minhas horas exatas mato a sede em bicas,

nas minhas horas mortas o vento não me leva embora.

Quero tudo, tudo, tudo que não vivemos...

Sou um rio profundo em meio à nossa oceanografia...

Estamos mergulhandos em meio aos peixes do mar...

Estamos em qualquer lugar... sim estamos.

Meu pensamento é mesmo mais rápido que vôos e pássaros.

Estou entre os céus e também entre os infernos.

Pois quando tudo é pluma e leveza torna-se fogo e queima.

Somos brinquedos e crianças dissolvendo algodão doce.

Qualquer dia quebro a parede do sonho e busco você

para habitar minha vida em uma noite para sempre comigo.

Neusa Azevedo
Enviado por Neusa Azevedo em 11/09/2011
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