Para Qualquer Amor
Se o tempo da angústia cala as mãos,
como viver meu olhar que teima em viver no seu?
Sem sentido é meu ventre que gesta o sonho de um filho seu.
Menino crescido tem um nome certo e mil incertos.
Nas minhas horas exatas mato a sede em bicas,
nas minhas horas mortas o vento não me leva embora.
Quero tudo, tudo, tudo que não vivemos...
Sou um rio profundo em meio à nossa oceanografia...
Estamos mergulhandos em meio aos peixes do mar...
Estamos em qualquer lugar... sim estamos.
Meu pensamento é mesmo mais rápido que vôos e pássaros.
Estou entre os céus e também entre os infernos.
Pois quando tudo é pluma e leveza torna-se fogo e queima.
Somos brinquedos e crianças dissolvendo algodão doce.
Qualquer dia quebro a parede do sonho e busco você
para habitar minha vida em uma noite para sempre comigo.