AMOR DE POETA

Um Poeta não tem amor

(quase nunca)

Um poeta tem amores.

Como regra, platônicos

(quase sempre)

O Poeta não tem normas

Formas ou Fôrmas

Nem Fórmulas

Não espere que com amor

se compre

se domine

se conquiste

O Poeta.

De um Poeta não se apropria.

Ele é propriedade

(nunca privada)

da Poesia e não de quem

ou do que lhe inspira.

Amores em maresia

que no coração comum corrói

(no do Poeta se constrói)

O coração do Poeta é público.

Ele publica seus amores

em escritas de Eu.caristia.

Sua escrita é hóstia

para agora e sempre.

O Poeta nunca morre.

Se morre, renasce no próximo poema

e a Poesia, em outra carne

-reencarnação eterna-

Leonardo Lisbôa.

Barbacena, 07/10/2006

POEMA 421 – CADERNO: CESTA DE VIME.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 09/09/2011
Reeditado em 29/05/2014
Código do texto: T3210229
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