O Adeus da Alma.
Descuidei-me do mundo
Tive então que vagar sozinho
No escuro, à noite me assustava
Sem poder voar, estava com minhas asas quebradas.
Como alcançar o topo
Se nem mesmo consigo largar do chão...
Como um anjo caído
Isolei-me e da dor desfrutei
Provei dela como vinho
Embriaguei-me até cair,
Com as lagrimas, esperei ser libertado
Logo, estava enganado
E a dor tornava-se uma só comigo
Meu corpo até sangrou sozinho...
Sobre o vale que tanto amei
Puis-me então a deitar
Enfim me rendi à dor
E da vida percebo que parti
Porém ganhei novas asas
Mas aquele corpo ali estendido no chão
Acredito que perdi.