O Adeus da Alma.

Descuidei-me do mundo

Tive então que vagar sozinho

No escuro, à noite me assustava

Sem poder voar, estava com minhas asas quebradas.

Como alcançar o topo

Se nem mesmo consigo largar do chão...

Como um anjo caído

Isolei-me e da dor desfrutei

Provei dela como vinho

Embriaguei-me até cair,

Com as lagrimas, esperei ser libertado

Logo, estava enganado

E a dor tornava-se uma só comigo

Meu corpo até sangrou sozinho...

Sobre o vale que tanto amei

Puis-me então a deitar

Enfim me rendi à dor

E da vida percebo que parti

Porém ganhei novas asas

Mas aquele corpo ali estendido no chão

Acredito que perdi.

Gustavo Rodrigues Alves
Enviado por Gustavo Rodrigues Alves em 09/09/2011
Código do texto: T3209939
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