o feijão e o torresmo

as calçadas da rua onde moro

quando passo, sorriem pra mim

porque sabem que agüento e não choro –

não há dor que não seja ruim

sempre que elas nos viam abraçados,

parecia que iriam dizer:

esses dois estão sempre colados,

só a chuva pra os desprender

quando hoje eu sigo sozinho,

elas sabem que não sou o mesmo,

mas sorriem com muito carinho,

mesmo se estou andando a esmo

com a saudade tão agarradinho,

parecendo o feijão e o torresmo

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 08/09/2011
Código do texto: T3207199
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