o feijão e o torresmo
as calçadas da rua onde moro
quando passo, sorriem pra mim
porque sabem que agüento e não choro –
não há dor que não seja ruim
sempre que elas nos viam abraçados,
parecia que iriam dizer:
esses dois estão sempre colados,
só a chuva pra os desprender
quando hoje eu sigo sozinho,
elas sabem que não sou o mesmo,
mas sorriem com muito carinho,
mesmo se estou andando a esmo
com a saudade tão agarradinho,
parecendo o feijão e o torresmo