Distante de qualquer sinal de internet ou celular
Me escondo de mim mesma tentando ao mundo esse amor negar
Cuidado com o limo das pedras recomenda receosos meus pais
Vai que aparece uma onça e devora todos os bons sentimentos da moça de Batatais
Na seca fica raso o rio
E a natureza me abraça
Como se me protegesse desse interno e intenso frio
Mas aqui é minha casa e nada temo
Onça pintada também me transformo quando queima meu corpo moreno
Brinco na pureza das águas
Na esperança verde das matas
E na inocência azul do céu
Quando a imagem se fundir com a poesia
Nem tente fugir
Estará frente a frente com Raquel
Proibido caçar e ferir uma onça felina
Guarde as mentiras e o arpão
Talvez eu te desarme com meu sorriso de simples menina
Mas vejo que sinceridade assim como as onças estão em extinção
Diante do perigo de uma onça pintada
Suba ligeiro numa árvore qualquer
Algumas rugem outras emitem sons parecidos com os sussuros de uma mulher
Diante de um amor verdadeiro eu me transformo numa fera
Mas você não valoriza nada quiça uma donzela
Ouve passos no meio da mata e covarde se desespera
Cai de joelhos e nessa hora o medo te faz lembrar de Jesus no céu
Se lembre também quantas vezes disse eu te amo e logo em seguida foi infiel
Misericordiosa é a onça que ataca certeira na jugular
Sou uma moça simples e não sei os outros por nada machucar
Se eu fosse uma onça te deixaria vivo
Sem nenhum arranhão mais com fotos e letras para você  nunca duvidar
Quero você sã e salvo
Só para me ver nessa vida numa bela mulher íntegra e muito amada me transformar... 

 
Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 06/09/2011
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