Ah, meu príncipe...
Eu fui princesa, e, em um castelo na torre eu morava,
assim como Branca de Neve, uma rainha má me maltratava!
Já tinha encontrado meu príncipe encantado,
mas, era um nobre, teve que seus campos defender,
e o tempo passava e ele se demorava extasiado...
Um dia, porém, á floresta eu tive que fugi prá me esconder...
Eu com minha solidão e o coração a bater,
encontrei uma casinha, bem no alto do abismo, não preterido
de um tempo perdido.
Ah, meu príncipe... por quê não viestes me socorrer?
Mas, com o passar dos dias,
anões vieram alegrar meus sonhos, minhas agonias,
coloriram minhas tempestades, meus redemoinhos,
me fizeram sorri...
E você, muito longe dali,
como a cigarra que no verão só faz cantar,
esqueceu-se de mim!
Será que um dia, quando estiveres desafinado,
teus desejos desencantados,
reconhecereis o quanto perdestes por não vim?