A SOMA

Sei que estás à espera...
É natural que me queiras,
Vou me dar toda, inteira,
Libertar essa fera
Ao consumir tua tara
Que no tempo aglomeras.

Estou verdadeira
À minha maneira,
À cata da rara
Volúpia, que encara
A quem nunca pára
Pela vida inteira... 

Estou vulnerável
A teus todos carinhos,
(Mesmo aos sem jeito) ,
Ao fato sozinho.
És tu adorável,
Suave e constante, 

Teu todo é bastante,
Por claro e amável,
És o representante
Do amor elegante...
Ponho-me à espreita
Pela nesga estreita,

Vejo teu torneado
(Qual imaginado),
Quero ser feita
Como a tua eleita,
A esquerda e a direita,
Teu metro quadrado;

Vou ser a parcela
Que dá o resultado
Certo e provado,
Que te complementa...
E fazer-te somado 
Nessa conta perfeita.




José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 16/12/2006
Reeditado em 28/11/2007
Código do texto: T320056
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