Convencional

Convém enternecer o espírito que chora

E acariciar seu pranto com flores do outrora...

As lágrimas que umedecem a face da melancolia

Trazem em si o dissabor do estar só,

Os vultos que circulam sorrateiros ao redor

Compilam perfumes que rejuvenescem a nostalgia.

Convém oscular a fronte da saudade

E navegar nas ondas onde germina a sensibilidade...

O choro que enfeita o rosto da tristeza

Confecciona indócil burburinho na imensidão,

Os fantasmas da noite que controlam a emoção

Mergulham nas águas da madrugada e descortinam o segredo da beleza!

Convém masturbar o pólen do prazer

Para que o néctar da alegria seja o orvalho do amanhecer!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 04/09/2011
Código do texto: T3200439
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