Amar nas manhãs
O dia se espreguiçando,
Chovendo, garoando,
Fechado ou nublado
Em nossa cama em nossos corpos
Todos os dias eram ensolarados.
Lençóis se aqueciam
Flores se abriam
Paixões renasciam.
Doçuras, ternuras, carícias,
Nossos códigos ali explícitos
Nada a interpretar.
Escancaradas manhãs,
Em que nos abríamos,
Descortinávamos um ao outro
Atos que se repetiam
E se consumavam
No amar nas manhãs
Em cada descoberta, revirar
De cobertas e entreatos,
Havia brilhos, luzes e brindes.
Como estréias amores se realizavam.