Palavras
Não era justo nada naquela noite
Ainda recuperávamos o fôlego
Palavras soavam
Confundiam-se ao vento
Não sei representar
Quem eu sou em existência?
O que me falta em verdade
São palavras
Para abrir um novo campo de sentido
Compreender, discernir e anuncia-las
Para mim, palavras caem em ouvidos surdos
Pensando assim estou no caminho, em caminho, para um caminho
Lançado no ouvir e no silenciar
É necessário compreender o transcendental
Para que os deuses moldem a nossa existência
Liberdade?
É palavra que soa estranha a nossa língua
A língua na selva ressoa como o vento da cidade
As palavras podem até mudar de lugar
Mas o lugar permanece sempre o mesmo.