POESIA SEM NOME
Quando eu te quis, tirei o batom, as roupas, o pudor.
Rasguei a certidão e ousei te chamar de amor...
Como castigo por ter confessado, fiquei na gaveta,
esquecido... Aguardando ser traduzido em libras.
Se soubesse, teria ficado no flerte, no suspiro,
nem teria tentado escrever história no papiro.
Teria inutilizado o papel reciclado inventado
pois após me despir inteira, fiquei sem nada.
Carrego o fardo dos amores do mundo todo
daqueles mal resolvidos, os de final sem feliz
Arrasto-me cansada, em delírio resmungando
de ouvir tantos causos dos Sofistas e poetas
que me perseguem pelos séculos afora.
Confiam em mim, pois pensam que estou viva.
Não percebem que nem suporto a minha lida.
Sou o fio condutor do desamor, sem cura, uma
mãe solteira que tem como herança apenas dor.
Devorando os dias para que terminem logo,
Esse câncer desequilibrado do desamor.
Quando eu te quis, tirei o batom, as roupas, o pudor.
Rasguei a certidão e ousei te chamar de amor...
Como castigo por ter confessado, fiquei na gaveta,
esquecido... Aguardando ser traduzido em libras.
Se soubesse, teria ficado no flerte, no suspiro,
nem teria tentado escrever história no papiro.
Teria inutilizado o papel reciclado inventado
pois após me despir inteira, fiquei sem nada.
Carrego o fardo dos amores do mundo todo
daqueles mal resolvidos, os de final sem feliz
Arrasto-me cansada, em delírio resmungando
de ouvir tantos causos dos Sofistas e poetas
que me perseguem pelos séculos afora.
Confiam em mim, pois pensam que estou viva.
Não percebem que nem suporto a minha lida.
Sou o fio condutor do desamor, sem cura, uma
mãe solteira que tem como herança apenas dor.
Devorando os dias para que terminem logo,
Esse câncer desequilibrado do desamor.