Palavras 0453 - Virgem e mulher

Era ela a mulher, a virgem, a amante,

embalada pelo desejo que agonia,

abraçava nuvens como se fosse

a criança que pariu numa noite fria.

Pálida e sombria, só às vezes sorria,

sobre um leito de amor que desejava,

enquanto um tanto de fantasia,

por uma noite com teu homem que amava.

Descansa em teu leito solitário,

oh mulher pelos homens esquecida,

tua sombra faz cruz diante ao sol,

a sonhante fêmea que ama a vida.

Teu leito tem a forma do teu nu,

não te rias quando fala em acolher,

nas noites o choro vela o sono,

nos sonhos morrerás sorrindo prazer.

Tão especial no teu banho aparecia,

tuas formas, o seio, o sexo a palpitar,

a mais bela que de sonho adormecia.

a mulher ainda virgem por amor a exaltar.

02/09/2011