Adormecer
Adormecer
Escuto o vento baixinho soprar
O canto distante do pássaro
Perdido, encantado em abismo, horizonte
Me distraio, viajo no carrossel desse instante
Conta-me os minutos, sem pressa morrem
Distribuídos e atentos
Divido minha atenção, entre o sol que se esconde
E suas palavras, promessas, sonhos, loucuras e etcs
O céu parece em ordem
As nuvens desenhando sua perfeição
Sem jeito, sem forma
Na plenitude de sua inquietação
A natureza te foca estendida, cansada
No brotar de suas lamentações
E eu apenas observo a trilha de formigas
Tudo parece estranho e igual
Na sombra gratuita desta arvore
Nem sei se você sabe,
,que ainda estou aqui
Do seu lado, te esperando
Mas sei que você sabe
O pertencer da minha poesia
Tão figurada, não sei explicar
Palavras e pedras perdidas
O teu silêncio responde-me
Será tola a teoria do amor?
Refugio a culpa, desculpa e consenso
Despertar o mal no solo do bem
As vontades ocultas
Quem dera assim puro, como entardecer
Um beijo cairia bem, nesse eterno momento único
Porém fique aqui, te olhando, poetizando o seu
ADORMECER...