Adormecer

Adormecer

Escuto o vento baixinho soprar

O canto distante do pássaro

Perdido, encantado em abismo, horizonte

Me distraio, viajo no carrossel desse instante

Conta-me os minutos, sem pressa morrem

Distribuídos e atentos

Divido minha atenção, entre o sol que se esconde

E suas palavras, promessas, sonhos, loucuras e etcs

O céu parece em ordem

As nuvens desenhando sua perfeição

Sem jeito, sem forma

Na plenitude de sua inquietação

A natureza te foca estendida, cansada

No brotar de suas lamentações

E eu apenas observo a trilha de formigas

Tudo parece estranho e igual

Na sombra gratuita desta arvore

Nem sei se você sabe,

,que ainda estou aqui

Do seu lado, te esperando

Mas sei que você sabe

O pertencer da minha poesia

Tão figurada, não sei explicar

Palavras e pedras perdidas

O teu silêncio responde-me

Será tola a teoria do amor?

Refugio a culpa, desculpa e consenso

Despertar o mal no solo do bem

As vontades ocultas

Quem dera assim puro, como entardecer

Um beijo cairia bem, nesse eterno momento único

Porém fique aqui, te olhando, poetizando o seu

ADORMECER...

Diêgo Vinicius
Enviado por Diêgo Vinicius em 02/09/2011
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