O Final dos Tempos…

Cheio de contratempos

De naturais vicissitudes

Mas isento de teatralidades

Sendo que foi neste lado genuíno

Que apesar de quase findo

Que descobri

Que jamais morreria

Aquilo que nunca tivemos juntos:

Uma comum virtude…

Porque no final dos tempos

Depois da poeira assentar

E a arma tiver rebentado

Depois do último tiro

Disparado

Em direcção à nossa cabeça

Descobrimos tal demais

Que tal foi em vão

Porque o afecto não se mata lá

Mas no coração…

E foi nesse lugar escondido

Para sobrevivermos

Que entrámos numa densa hibernação

Onde nada sentimos

Ou fingimos nada sentir

Onde nada vimos

Ou disfarçámos nada ver

Onde sonhámos

Que tudo era virtual

E dessa forma

Se o era

Não o era de facto

Não nos podendo fazer mal

E assim o tempo passou

Tudo mudou de lugar

As estações sucederem-se umas às outras

E foi no final dos tempos

Na aurora de novos

Que assistimos ao seu nascer

E foi nesse fim de tudo

Nesse começo

Que a história se repetiu

E te voltei a encontrar

No motivo claro

Que muitos querem que passe por obscuro

Que nunca se perde a Fé

Quando se preserva o alento

Eu segui a cartilha escondida

Desmenti os dados

De um jogo algo viciado

Ficando feliz

E não triste

No Final dos Tempos…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 02/09/2011
Código do texto: T3195851
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