Mares Vienenses
Cá estou em meu refugio
traçando minhas linhas em mais uma
noite das alforriadas letras vertidas
nos gênesis de um amor que desabrochou
entre o sol e a lua naquele cruzamento
de olhares que o Eremita escreveu sutilmente
em nosso destino renascido no tempo e no vento!
O livro está se abrindo com lacunas
espero teu perfume, teu sussurro
acalantando no leito de teu seio mulher
do efêmero desejo, ousado no beijo
frenético, insano temperados no prata
noturno fazendo de cada movimento
um alento sem fragmentos apenas paixão!
É...te encontrei nos trigais
da emoção daquele sorriso poético
esboçando nas entre estrofes
o delicioso sabor do vinho
esperando ser degustado
na magia de teus dedos!
As velas já brincam
a beira do caminho quintanando
o traçado já abençoado pelo carinho
e abrindo-se em amarelas pétalas
peroladas nas ostras dos mares vienenses
ao desaguar das sublimes palavras
de um verso que trazia na entrelinha o sentimento!
São noites e noites
Em meio a avessos e lamentos
Oriundo de um coração aflorado
No amor que tenho por ti
Rosa das minhas pequenas nuanças
Brotadas nas lágrimas que escrevem
Este poema de amor por ti Rita minha flor!
Auber Fioravante Junior
14/12/2006
Porto Alegre - RS