DATAS E SENHAS
Imperial ordem do amor
Delas, demais relevantes,
Que a nós homens, meses antes
Temos de na agenda por.
Malgrados esquecimentos
Cuja culpa nos é posta,
E não cabe uma resposta
Mesmo justos os argumentos.
Datas é pra elas fogo:
Ardem no ventre e no colo
Se por culpa ou por dolo
Esqueceste? - pague o jogo!
A nós, uma angústia ingrata!
De preveni-las deixamos,
Depois com dores pagamos
A saudade que nos mata.
Data – é o nosso calo!
Ao lembrar só de lembrá-la
Um calafrio nos instala
Por sofrer desse resvalo.
Às mulheres - renascer,
Para nós, um dia ido,
Um momento bem vivido
Que deixamos no esquecer.
O mistério que elas têm
Na importância do amor
Resume-se numa flor
À lembrança que as convêm.
Datas! – lembro duma ida;
Talvez única - não sei...
Dum presente que não dei
Resultando em despedida.
Homens não descobrem senhas
Esquecem datas, momentos...
Depois caem em sofrimentos
E se envergam fossem lenhas.