DATAS E SENHAS

Imperial ordem do amor

Delas, demais relevantes,

Que a nós homens, meses antes

Temos de na agenda por.

Malgrados esquecimentos

Cuja culpa nos é posta,

E não cabe uma resposta

Mesmo justos os argumentos.

Datas é pra elas fogo:

Ardem no ventre e no colo

Se por culpa ou por dolo

Esqueceste? - pague o jogo!

A nós, uma angústia ingrata!

De preveni-las deixamos,

Depois com dores pagamos

A saudade que nos mata.

Data – é o nosso calo!

Ao lembrar só de lembrá-la

Um calafrio nos instala

Por sofrer desse resvalo.

Às mulheres - renascer,

Para nós, um dia ido,

Um momento bem vivido

Que deixamos no esquecer.

O mistério que elas têm

Na importância do amor

Resume-se numa flor

À lembrança que as convêm.

Datas! – lembro duma ida;

Talvez única - não sei...

Dum presente que não dei

Resultando em despedida.

Homens não descobrem senhas

Esquecem datas, momentos...

Depois caem em sofrimentos

E se envergam fossem lenhas.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 31/08/2011
Código do texto: T3193270