A MENINA E O POETA
A Menina e o Poeta
Ela menina, ali parada
Sentada no banco
Olhando a praça
Arrumando os cabelos
No canto do olhar
Uma lágrima vazia
Inventando um mar
Que ao certo não era alegria
Arrancou do jardim uma flor
Despetalou seu perfume
Em busca do amor
Feriu seu dedo no espinho
Sangrou na solidão do caminho
Chorou por toda a madrugada
Querendo ser acolhida
Numa poesia ser aconchegada
Ele o poeta, viu tudo de perto
Céu cinza e encoberto
Rabiscou o cenário um papel
Escreveu daquela lágrima
Um profundo sabor de mel
Daqueles cabelos
Vento sereno do desejo
Perfume que invade a vida
Em acordes do seu beijo
Voltou-se ao calado violão
E dedilhou nele uma canção
Canção de amor sem medo
De contar àquela menina um segredo
Quem num segundo impar da vida
Ela transformou-se em sua musa
Em sua poesia preferida
Assim como o vento
Que a gente nunca sabe de onde vem
O amor chegou ao poeta
E ao coração daquela menina também
Hoje eles moram juntos
Numa galáxia colorida
Inventada pelo louco poeta
Dedicada à menina de sua vida.
By Everson Russo
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