Semáforos (Orquestras de paz)

Semáforos ( Orquestras de Paz )

I

Quis riscar os céus pintar os labirintos

Explorar as casas e descer o mais alto

Forte é a criança que acorrenta teus pés

E floresce uma última canção

Quis rodear teus dias e lamentar as frases

Correr com a lua e fugir dos semáforos

Dançar contra a chuva na areia movediça

Dos teus olhos que já são vendavais

Quis adormecer no limite da hora

Acordar sem a prova e prover os sinais

Triste é estar numa espera sem hora

Nas tormentas das provas, nas torrentes da paz

Quis escutar o som do zunido em sentidos opostos

Para estourar o fisgo e não-fisgo do bento e perdido

De tudo que é visto mesmo a contragosto...

II

Era eu quem pescava nos sinais

Com a cova já pronta ...

Peste sem direção confuso antemão para um coração

Que logo se apronta

Quis a ladeira de bicicleta descida tão reta feituras banais

Missão incompleta metido a atleta ferida na testa e orquestras de paz.

Rafael Santiago
Enviado por Rafael Santiago em 30/08/2011
Código do texto: T3190584