Semáforos (Orquestras de paz)
Semáforos ( Orquestras de Paz )
I
Quis riscar os céus pintar os labirintos
Explorar as casas e descer o mais alto
Forte é a criança que acorrenta teus pés
E floresce uma última canção
Quis rodear teus dias e lamentar as frases
Correr com a lua e fugir dos semáforos
Dançar contra a chuva na areia movediça
Dos teus olhos que já são vendavais
Quis adormecer no limite da hora
Acordar sem a prova e prover os sinais
Triste é estar numa espera sem hora
Nas tormentas das provas, nas torrentes da paz
Quis escutar o som do zunido em sentidos opostos
Para estourar o fisgo e não-fisgo do bento e perdido
De tudo que é visto mesmo a contragosto...
II
Era eu quem pescava nos sinais
Com a cova já pronta ...
Peste sem direção confuso antemão para um coração
Que logo se apronta
Quis a ladeira de bicicleta descida tão reta feituras banais
Missão incompleta metido a atleta ferida na testa e orquestras de paz.