A SAGA DOS MEUS ENCANTOS
Um dia meus anelos que te caçam, foram comuns e singelos
Apenas protegiam meus flagelos, pela alma alastrados
Estavam conformados a um sonho de ruínas sem castelos
E não haviam mínimos paralelos entre seus rascunhos e os de agora desenhados!
Naqueles dias mal sabia o destino do que dele mesmo eu obteria
E a forma como se agigantaria o que nascera qual simples fascinação
Que eu visitaria as latitudes da obsessão e os meridianos da euforia
E que o homem que eu enfim me tornaria, seria um refém do coração!
É como um lago pós inundação perante as águas oceânicas
Como as mecânicas medievais ante os infinitos da modernidade
É como gotas de orvalho diante duma tempestade feroz e tirânica
É comparar toda a botânica com um simples pólen de tulipa em tenra idade!
Tal como o sol nasce discreto e avassala o chão do meio-dia
Assim meu coração descreveria o que se deu nessa paixão
Rompeu com toda projeção, chegou onde outro amor jamais alcançaria
E agora até o universo lhe diria que descobriu-se algo maior que a própria imensidão!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor