Não era...
Não era...
Não era nada..
Coisa de ilusão..
De sonhos cumulada...
Não era nada..
Pequena perdição..
Ave baleada...
Não era nada..
Um hiato..
um vão..
No pernoite do açoite..
A madrugada..
Não era nada..
Não havia precisão..
Alma judiada..
Não era nada..
Só pó..ferindo a visão..
Pega a vida..a tralha que restou..
E segue a tua estrada...
Não era nada..
Vá campeã..
Costura sozinha
o teu corte...
Saia bonitinha..
nada de fragilzinha..
És forte...
Pois não era mesmo nada...
Dorothy Carvalho