Melancolia
As margens dos poemas estão secas
A mão tremula sobre os parágrafos, hiatos
As dissonâncias são de fato... saudades
Choro entre a vela e o espaço
A palidez que desfaço
Com olhos pendentes no quarto
As horas da manha... são quatro
O mel da noite adoça o hálito
Tropeço ainda sobre as linhas
Que verberam na inconsciência poética
São cicatrizes que não foram minhas.