Teu doce olhar
 

Num devanear à luz vespertina,
indaguei-me sobre o teu olhar...
Onde vai a leve maresia levar,
momentos que me fogem a retina?
 
Sim, em que dimensões ira pousar,
as verdes linhas, ora diante de mim,
tão bela deusa da boca de carmim,
cujos olhos, quem ira distante também louvar?
 
Quem sabe a terra seja só um templo,
onde vagam diante do mar auras douradas,
que em forma de brisas ensolaradas,
roubam o olhar que amo e contemplo!
 
Ao cessar o vento no púrpura anoitecer,
envolvo o cerrado olhar em meus braços,
não há mais receios nos lindos traços,
que a aragem quente faz adormecer! 
 
Malgaxe
 
 
 

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 27/08/2011
Código do texto: T3185992
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