Quando o Sol se apagou...

Quando ele apagou o Sol

Fiquei completamente cega.

Senti frio.

Senti esvair-se a Vida

Quando ele me tirou o Sol

pois me tirou a Esperança.

Lembrava palidamente,

O calor e a luz

Dos dias perdidos

Em intenso passado.

Flutuei

Vagando a esmo

E enredei-me em espinhos,

Tropecei em pedras,

Feri-me

Ou deixei que ele me ferisse.

Sofri por demais

Por um tempo infindável.

Então, por uma fenda, talvez

De alguma luz bruxuleante,

Misericordiosa,

Percebi,

Depois de muito penar,

Que, quando não se tem o Sol

A Lua pode bastar.

Tateando

Procurei a Lua.

Minhas vestes,

Os panos com os quais me ocultava,

Perderam-se nos caminhos

Por onde vaguei

E vi que estava nua...

Com a minha nudez

O Luar apareceu,

Tomou-me nos seus braços,

Vestiu-me de prata

Com véus transparentes

E esvoaçantes,

Cobrindo-me

Mas deixando entrever

Quem sou... Como sou...

Estrelas dançaram ao meu redor

E suaves canções

Embalaram o meu despertar.

Agora

A Lua flutua

Dentro e fora de mim.

E, envolta em Luar,

Eu vou ao encontro

De quem sabe me amar:

O Senhor do Luar...

- Será o amor do Sol

Superior ao do Luar?

Não creio. Esta é a hora

De um amor tão sofrido

Por outro trocar...

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Recado de Val: creio que em início de setembro ela (a ESPERANÇA!) JÁ ANDARÁ POR AQUI! Abçs. Val.

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 27/08/2011
Código do texto: T3185886
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