SÓ DEPENDE DO ACASO

Precisamente qual se deu naquela tão desavisada ocasião

Fico a falar com minha solidão, quão bom seria nosso reencontro

O beijo que deixou meu ego tonto, aquela pele que incendiou-me a mão

E ainda hoje sem explicação, todas as vírgulas recusando-se a ser ponto!

Todas as indagações que não fizemos e que se traduziram livremente

Fizeram desse dia muito diferente de todos os demais que já vivi

Dia distante e mesmo assim não esqueci, vontade ainda recorrente

De outra vez olhar-te à minha frente, disposta uma vez mais a ser feliz!

Bem sei que antes mesmo que pensasse, eu logo te amaria

Intensamente tal como foi naquele dia, sem medo algum ou racionalidade

Num misto de paixão e voracidade, com insanidade e ousadia

Embriagando nossa sintonia em transbordante cálice de virilidade!

De fato, mal posso esperar por tão afortunada e renovada chance

Clamando ao destino que outra vez me alcance tamanha sorte

Eventualidade do mesmo porte, imagem forte de prazer e de romance

Que o acaso reconstrua essa nuance e ao teu corpo meu desejo ele transporte!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 25/08/2011
Código do texto: T3181216
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