DEVANEIOS
DEVANEIOS
Embalde te busquei, ó divina musa!
Ao luar de um distante passeio onírico.
Ditosos sonhos de uma mente confusa,
Declínio fatal deste meu coração lírico.
Palavras... quantas não mas disseste!
Tudo em vão!... e o meu coração vazio;
Dos teus lábios o beijo não me deste,
Pretenso desejo de um amor doentio.
Viajor de uma vereda tão malsinada,
Algias, foi tudo que desta vida recebi;
Percalço de uma vida já desgraçada,
Caminhei em busca da terna amada,
Por toda existência, e só consegui:
Tristeza infinda, desilusão,mais nada!