Olor de Amor
Olor de Amor
Dentre as cores,
O corpo frágil... Divina escultura,
Berço talhado em carícias íntimas,
Rimando falsetes, versando tenacidade
Na incidência da luz, cumplicidade floral!
Suavemente exótica,
A penumbra propaga-te inteira, intensa
Como a chama forjando no branco a sombra
Sutil do engenho de pétalas,
Dando à cada entranha, idílicas releituras!
Eis o dileto pecado,
Expondo-te em quintas prosaicas
Naturais da essência, do verbo
Voejando pelos ensaios dos umbrais,
Umedecidos nas unções do Éden!
Da sina dos botequins,
A brisa e a madrugada insinuam-te
Espectro angelical, brotando em devaneios,
Dançando feito menina, inspirando-me ao gemido,
A corda dourada instigando-me ao olor de amor!
Auber Fioravante Júnior
22/08/2011
Porto Alegre - RS