Réu consigno...
Hoje eu sou refém do meu próprio pensamento
Prisioneiro utópico da minha insana razão
Carcereiro voraz do meu leviano sentimento
Algoz insensato do meu apaixonado coração...
Hoje eu sou escravo benevolente da minha vontade
capataz efêmero do meu intuitivo querer
Sentinela honorário da minha casta improbidade
Fiador diário do meu lúdico viver...
Hoje eu sou reles pecador sem nenhum perdão
Zelador coerente da minha latente dor
Locatário excluso da minha outorgada concepção
Réu consigno do teu inafiançável amor...