ELA NUNCA ME DISSE NADA

ALI NA HORA DO SOL NASCER ELA VINHA.

APARECIA NA MINHA FRENTE COMO GUARDA NA RUA, NO CRUZAMENTO, ASSIM DO NADA.

ESTAMPAVA-ME UM LARGO SORRISO E ESCORRIA UM AR DE CONTETAMENTO POR SUAS DUAS FACES DE MENINA.

AQUELE OLHAR NEGRO, PARECIA ME ENGOLIR ATRAVÉS DOS DOIS OLHOS RASOS E TRANSPARENTES CASANDO- SE COM SEUS LÁBIOS NUM AÇUCARADO DESTILAR DE PALAVRAS.

MEU DIA COMEÇAVA MELHOR QUANDO SUAS MÃOS TOCAVAM AS MINHAS COM TREJEITO DE QUEM QUERIA DIZER SEMPRE ALGUMA COISA.

MAS ESTAS COISAS NUNCA ERAM DITAS! QUE MISTÉRIO BOM!

E EU ALI ESTAGNADO DENTRO DE UM CORPO QUE SE ACALMAVA DE ACORDO SEUS PASSOS DEIXAVAM AS ESCADAS E ESCONDIA POR ENTRE SEUS AFAZERES.

QUERIA ENTENDER O OUTRO LADO DAQUELE MUNDO, MAS ELA NUNCA ME DISSE NADA SOBRE QUE BRILHAVA ALÉM DOS MUROS DA SUA CIDADE MISTERIOSA. DE REPENTE NUMA MANHÃ UM CAFÉ, UM TOQUE NA MÃO E UM CHEIRO DO PERFUME TOMARAM CONTA DOS MEUS PULSOS, SABOR E OLFATO.

O QUE SERIA ESTE MODO E DESEJO DE FALAR?

O TEMPO APAGA MUITA COISA, MAS ALGUMAS MARCAS DE SUTILEZA, NÃO! MAS ELA NUNCA ME DISSE NADA...

REPETIDAS VEZES EU VIA O BRILHO, O SEMBLANTE, O DOURADO DO SEU SORRISO, SENTIA O CHEIRO DO SEU PERFUME, MAS ELA NUNCA ME DISSE NADA... NADA...

Uelton Nogueira
Enviado por Uelton Nogueira em 24/08/2011
Reeditado em 24/08/2011
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