Falésias e fiordes
Nasce a invenção.
Perpetua-se a noite.
O desconhecimento nasce do encantamento,
e tudo o que fere, mata, ensurdece,
é o que me faz cínico como a morte
que constrói todas as parede.
Entre mim, e o que resta de minha plumagem excêntrica.
De uma ave errante, de voz cortante,
voando contra o tempo, impedindo o curso natural das nuvens.
E se as mãos fossem poemas,
eu seria uma partitura repleta de vexames, de singularidades.
Mas não passarão nunca de silêncios calculados,
de arremedos de canhestros objetos de cena.
Posso, mas não quero.
Existo, mas não estou aqui.