Meu amor é pluralmente eterno...
E em nosso coração de mim para ti,
E de tu para mim,
Deixa de ser uma insignificante questão de género,
Por que somos femininos e masculinos,
E passa a ser uma importante questão de número e grau.
Singular por que és o meu homem,
Meu amor supremo,
Plural, porque tudo merece ser amado,
No grau de grandeza,
Que resplandece do teu ser,
Que, para mim, é perene.
Os amores comandam a paixão pela vida
E é em nome das paixões que os humanos
Criam e procriam-se em si mesmos e nos outros.
Esta energía cadenciada e cariciosa
Confere ao amor uma presença atemporal.
Seja na sua condição singular,
Eu em ti e tu em mim,
Seja na sua condição plural,
Eu em ti e tu em mim, e nós na natureza.
Por isso o amor que te dedico é complemento..
É chama, que arde e convite que estimula
Sem toque, nem retoque, sem rasuras ou emendas...
Em nossos corpos plenos de carinhos.
Almas nuas se entendem
E num olhar acenam,
Alimentam o sonho, que é nos amarmos
Enquanto a fantasia nos deixa atentos, ávidos,
E sobretudo fortes,
Para a lida da vida sempre aptos.
E me abandono a ti,
Entregue no aconchego dos teus beijos,
De teus abraços.
E faço tuas vontades
E te faço viver superlativamente o simples e o complexo.
E neste infinito interior, e efêmero, nós nos ofertamos
E nos eternizamos, a nós e ao mundo,
Enquanto a taça da nossa vida transborda paixão,
E irradia cada momento do amor compartilhado.
É tudo isto, ó meu amor, que te faz supremo e único.
Que te faz o mais belo, o mais querido, ainda que fracionário.
Sendo eu a cada evento, último, mais uma fração tua,
Plena de toda a tua eternidade…
Ibernise
Barcelos (Braga/Portugal), 24AGO2011
Núcleo Temático Romântico.