ROTEIROS de ALDEBARÃ
Era um dia chamado de sempre assim,
colibri, carvalho, nenhum mago
ostenta flor na lapela porque é o fim
Era música inaudita e era mulher,
era sonho vivo na carne,
o amor é mais do que a fé
Vim da noite mas sei o movimento das manhãs,
vi na estrada qual maria é a sã
Era um fim em si mesmo viver,
mas no fim importava era ter
Amores desencontrados furtiviam-se no gear
amadas avantes inauguravam
roteiros de Aldebarã
Era monstro porque o belo é sempre assustador,
mas é fero o condenado a sonhar o amor
É no véu que eu vejo o homem deixar na via
a máscara de algoz, é malcriado ludibriar
o ancião no cadafalso sem deus
Mas é do Deus criar magias ímpares
aonde o amor junta os teus,
é divino deitar palavras
aonde na canção a festa é das cores
porque o lindo é amar adentro da mulher
o noite adentro do sonho mais que bom