Último suspiro

Deu-me um gole de seu vinho quente,

Sobra do ritual de sacrifício.

Suplicou para que sentássemos à beira do precipício

E se eu a libertava de um espírito transcendente.

Contestei dando-lhe um beijo sem portas.

Ao fechar os olhos, enxerguei-me nas profundezas

E ao voltar na sua superfície, vi a fraqueza

De um espírito que a mantém morta.

Os deuses escuros zombavam afortunados.

Mas seus lábios não desistiam dos meus

Enquanto caíamos, no último suspiro,

ela desejava uma resposta se chegaríamos,

E em uma aura azul, para poder continuar.

Dornelles
Enviado por Dornelles em 22/08/2011
Código do texto: T3176091
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