Apelo
Meu amor não te ausentes de mim
O que farei distante dos olhos teus?
Quanta espera meu Deus
Como posso sobreviver assim?
Se a noite me abraça em saudade
Logo o vento a pele acaricia
A tua presença o corpo inteiro invade
E por instantes abro mão da alforria
O que será dos nossos desejos?
Quando tempo custara um beijo
Ou outro versar?
Por favor, me enxerga
Devolve o meu riso, me alegra
Trás de volta o mar
Por favor, me alcança
Liberta-me da lembrança
Devolve o meu ar
Porque inteiro sangro
Não poderia haver pior dano
Do que o medo de amar...
Ah algo em mim em pleno apelo
Buscando em tudo qualquer apego
Que apague de mim o teu olhar
Lutando contra a própria sorte
Sem destino ao norte
Velas a navegar...
Sou fragmentos de marinheiro
Viajando sob os devaneios
Levando de cada porto, o amor que deveria te dar.