PÉTALAS DA MESMA FLOR
E no entanto
ali estávamos.
Desta vez
sem máscaras
nem disfarces.
Deixando escorrer
pelos poros
toda a emoção
sufocada!
Os olhos
já não mais
fugindo,
mas se fundindo,
como única,
enorme fogueira,
onde se queimariam
todos os anseios
que antes nos anulavam!
O medo, as culpas,
as desculpas...
Substituídos
por uma imensa fome de amor!
Não o amor fugaz
e passageiro dos sentidos.
Mas o amor maior!
Aquele que não nos pertence
e sobre o qual não temos
nenhum poder.
E nossos corpos se encontrando
como pétalas, que juntas
e só bem juntas,
poderiam compor uma flor!