O bem-amado
Quando eu te conheci, logo a alegria que eu havia
De mostrar, vinha de teu olhar.
Já o desejo que ardia em meu coração
Era apenas um.
Quando eu te conheci logo os fadários estavam cada qual
Em seu lugar absolutamente sem que eu lhes facultasse,
Pelo menos, solicitar que mudassem
De uma ou de outra maneira, a minha sina.
Eu era amigo de todos: ainda hoje sinto saudade
Do vermelho intransigente, patético e universal.
Sol — afinidade com a larva do vulcão com a do meu olhar,
Tentando explicar minha chegada.
Quando eu te conheci, já havia o símbolo dos signos.
Apenas, o meu semblante, este meu alegre semblante que não
É mais aquele de quando eu te conheci.
Este semblante que se tornou alegre, por causa de ti
Do teu amor.
Este semblante que tu me disponibilisaste, porque é em teu semblante
Que o meu destino se reflete como a lua no espelho d’água.
Porque é em teu semblante que me encontro, excentricamente.
E toda minha arte se parece contigo.
E é com este semblante que entro no show.
As aves vêm ao meu encontro, quando te acaricio
E descansa sobre meus ombros quando te amo.