PLENITUDE
JB Xavier
...E surges então... um sol...uma harmonia...
E do útero do universo renasce o verso
Perdido nos milênios do tempo,
uma tênue claridade,
Uma impossibilidade,
Uma aventura pelos reencontros desencontrados,
Um bafejar de sonhos, uma lira
Vociferando ternura à eternidade que delira...
Teus reflexos ofuscando estrelas
Cegam visões que já não vêem,
Arrancam orações que já não crêem,
E revolvem-se na ostentação simplista
Do vórtice surreal onde a imagem
se despede da vista em direção à voragem
dos confins da plenitude...
Uma realidade que ilude,
Uma viagem sem regresso,
E um acalanto que esvoaça sem destino
E sob os olhos deste menino
A esperança teimosa que reclama
Insistindo em dizer, ainda que no tom inverso,
Que a plenitude de teu universo,
É a plenitude do meu, que ainda te ama...
* * *
FULLNESS
JB Xavier
... And then you emerge... a sun... an harmony...
And from he womb of the universe reborn the verse
Lost in the millennia of time,
A tenuous light,
An impossibility,
An adventure for the mismatched meeting,
A whiff of dreams, a lyre
Vociferating tenderness to eternity...
Your reflexes eclipsing stars
Blind visions that no longer see,
Pluck prayers that no longer believe,
And revolve itself on the simplistic ostentations
Of the surreal vortex where the image
parting of sight toward the abyss
Of the confines of plenitude...
A reality that eludes,
A voyage without return
And a lullaby that flits aimlessly
And under the eyes of this boy
The stubborn hope that claims
Insisting to say, despite though in opposite tone,
That the fullness of your universe
It is the fullness of mine, who still loves you...
* * *