Eu pressentia...
Eu pressentia
Que tanta Felicidade era impossível
Aos simples mortais...
Eu pressentia
Que teus lindos olhos
Não ficariam para sempre
A iluminar meu caminho...
Eu pressentia
Que os beijos loucos
E os momentos de Amor
Cessariam um dia
Porque a Felicidade demais
Enfurece os mortais
Que não conhecem o Amor...
Eu pressentia
Que cordéis escondidos
Te prendiam a masmorras
Para onde voltarias
Um dia...
Eu pressentia
Que cansarias
De tanto amor
Que eu a ti dedico...
Eu pressentia
Que tinhas medo
De ser tão feliz...
Então, um dia,
Eu acordei e estava só.
E tu te foste
Para muito além
Sem deixar rastros
Ou despedidas...
E minh’alma foi contigo
Como uma sombra
Para cuidar de ti...
E meu corpo ficou imóvel
E minha fala muda
E o sorriso desapareceu
Como desaparecem
As folhas verdes no Inverno...
Meu corpo sentiu frio
E a vontade de viver
Se perdeu
Ficando apenas
A vontade de te proteger
Mesmo que, para isso,
Meu corpo tivesse que morrer...
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Obs.: A Esperança está se recuperando. Em breve voltará ao Recanto. Enquanto isto, eu vou colocando aqui seus poemas, pois a escolhi como "minha mãe do coração" e não posso deixar que ela escreva e rasgue seus poemas!! Abçs! Val.