Recordações de teus olhos
No sangue era a cura que vinha, sob rios devassos,
Escondendo da sede minha a calma, depressa a fugir:
Sem que eu notasse, a distância dos dias em teus lábios
Ou a deleite do entorpecer de meu peito levava a ruir
De mim cada resquício de vida, num gole de prazer sufocante
E sem vida, debaixo dos oceanos de teus olhos tácitos,
Onde me perdi no desencontro de tua alma como demente.
E que ainda o seja eu o curado deste mal, ou morrendo
Mesmo que todos os dias; e escrevendo sem contar motivo,
Ou partindo e regressando pelas noites – ainda tenho medo;
Mas que seja eu a encontrar teus olhos onde em loucura ainda vivo,
Pois é onde morrerá meu pecado por mim – meu olhar, sempre culpado.
Ao 19 de Agosto de 2007 - 16:00hrs... dia que me apaixonei pela primeira vez