UM VULTO DE MULHER
Ontem passando pela escuridão
da noite
vi o reflexo de uma mulher.
Era um vulto macio como veludo,
senti de longe pelo seu aroma,
que era linda,
linda mais do que a passarada,
cantando no arvoredo baixo
sinfonia de amores
para o vulto belo de uma mulher.
Deu-me vontade de correr atrás,
afagá-la da cabeça aos pés,
enroscar-me em seu seus cabelos longos
beijá-la,
acabar com a escuridão
deixar vir devagar
a madrugada
que traz a luz do dia.