NO COMEÇO DA MANHÃ

Sopra o vento inesperadamente lá do norte

cheio de sorte.

Resfria o meu corpo latejante

sob o sol a meio-pau.

Pululam ideias no meu cérebro, bem brilhantes.

Faço versos

ou escrevo simplismente meninices?

A manhã vem,

vem saindo sob o lado leste.

A água brilha

bem na minha frente,

em maré alta de setembro.

Eu estou bem

sentindo o sal, o sol, os diamantes

da água líquida deste mar profundo,

com suas ondas murmurantes.

Murmúrios de amor ao pé da areia,

misturando-se ao som do vento

fustigante.

Mar e mulher

beleza exótica.

A mulher deixa o rastilho do perfume

mas não posso amá-la, sou comprometido.

Se não fosse, ah! meu Deus, tinha sentido

viver à sua procura,

cativá-la e depois ganhá-la.

Niná-la numa rede branca.

Cavalgá-la num cavalo baio,

mastigar o seu perfume.

Transformá-la em rainha,

pois princesa é.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 17/08/2011
Reeditado em 23/11/2013
Código do texto: T3166165
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.