NO COMEÇO DA MANHÃ
Sopra o vento inesperadamente lá do norte
cheio de sorte.
Resfria o meu corpo latejante
sob o sol a meio-pau.
Pululam ideias no meu cérebro, bem brilhantes.
Faço versos
ou escrevo simplismente meninices?
A manhã vem,
vem saindo sob o lado leste.
A água brilha
bem na minha frente,
em maré alta de setembro.
Eu estou bem
sentindo o sal, o sol, os diamantes
da água líquida deste mar profundo,
com suas ondas murmurantes.
Murmúrios de amor ao pé da areia,
misturando-se ao som do vento
fustigante.
Mar e mulher
beleza exótica.
A mulher deixa o rastilho do perfume
mas não posso amá-la, sou comprometido.
Se não fosse, ah! meu Deus, tinha sentido
viver à sua procura,
cativá-la e depois ganhá-la.
Niná-la numa rede branca.
Cavalgá-la num cavalo baio,
mastigar o seu perfume.
Transformá-la em rainha,
pois princesa é.