Amor do mundo novo

O amor que impera o novo mundo,

é coberto de farsas iludidas;

Flertam-se ao consolo profundo,

O desejo enforca-as padescidas.

É que em todo grão de prudência,

mais vale a sobra por contraste;

Ou se rende a alma de decência,

Ou se perde a carne quando amaste?

A face bafeja a vulúpia da desgraça,

Os olhos desbotam as fibras do caminho,

A liberdade comrrope-os de graça!

E o amor, permanece sozinho?...

Trocam-se a fama pelo desperdício,

a honra por qualquer moeda colorida;

A fé, pelo temor, avareza, e delírio,

E segue o barco, da triste partida!...

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 17/08/2011
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