Desencontro
Às noites, nas calçadas,
Cada esquina é uma tortura.
As pessoas são sombras marcadas
E eu continuo a sua procura.
O tempo passa
E se ando pelos bares
Só encontro fumaça
E me sinto mira dos olhares.
Cada noite em cada rua
O silêncio é a sinfonia.
Minha imagem se insinua
E com ela, minha figura esguia.
Não sei onde você está
E sigo sempre assim.
O desencontro uma certeza me dá:
Estou me perdendo de mim.