O fagotista do rei III

Sobre homens que sabem demais,

e pequenas esperanças mesquinhas,

tenho a flor da minha maldade...

Que envenena tão bem,

que nem se percebe a morte chegar.

E quando ela chega, já adormeceu as sensações tão tristemente,

enlouquece tão paulatinamente,

que então resta apenas a infinita consciência,

do que poderia ter sido,

e das dores causadas pela impassibilidade.

é assim que o futuro inexiste,

numa caixa de sons enferrujados,

sempre arrojados contra meu peito,

como a força da minha insônia.