Chora a minha alma!

Entre desígnios, carmas, batalhas

Minha alma chora, friamente

As batalhas foram arrebatadoras

Apenas deixei as armas do amor

Em meu leito angelical, sou mortal

Trago dentro de mim parte da luz

Outra está obscura, ausente por ai

Entre pensamentos furtivos, alienados

Cravada de dúvidas, tantas incertezas

Quero mudar, quero abraçar o tempo

Desabrochar como uma flor branca

Pode ser a flor do campo, a silvestre

Que se balanceia sobre o vento, feliz

Tão pequenininha e ninguém a enxerga

O beija-flor vai delicadamente sugar

Todo o seu néctar, toda sua essência

Parte de mim está feliz, mas outra, não

Mas minha alma é mais vasta, densa

Quer mais de mim, quer vida e sensações

Quer viver de sonhos, a minha historia

Quer tragar a escuridão. Rapidamente

Acender a luz, saciar de luz pura, a luz

Que meu aprendizado devora friamente

Como eu me invejo por ter vivido a vida

O tempo galopou as teias da ignorância

Os ponteiros perderam a graça de baterem

Pois as rugas já invadem o meu corpo cansado

E minha alma, não para de chorar por ti, amor...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 16/08/2011
Código do texto: T3162801
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.