ESTRÊLAS

Quisera eu, à guisa de

inocente criança,

nada de possuir estrelas,

mas apenas alcançá-las,

não com o fito de tê-las,

porém desejando senti-las.

E as abraçaria encantado

deixando o céu enciumado,

desfrutando,feliz, delas,

como acendendo velas

em cada fragmento,

usufruir esse momento

mesmo sem entender

o porque do sentimento.

Elas são os olhos

de quantos já foram,

brilho dos que amaram

lágrimas que se derramaram,

janelas que se entreabriram,

mãos que se desarmaram.

Eu quisera, sim, estrelas

para com elas brincar,

não para movê-las,

talvez para demovê-las,

quiçá assim afagá-las

ou tão-somente,

decerto simplesmente,

com o feliz intuito

de bem de perto vê-las.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 16/08/2011
Reeditado em 16/08/2011
Código do texto: T3162491
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