Nascer o amor
Inverno
São brancas montanhas de neve
Cristais de gelo
Tão breve
E logo, apenas a chama
Aquece
Muda de forma
E represam em cascatas furiosas
Descem vertiginosas
E serpenteiam numa dança tormentosa
E entrelaçam em momentos sem destino
De angustia e dor
Esvaindo a montanha rochosa
Eminentes, furiosos torvelinhos
Em desenhos de flor
E dançam
Mudando de forma e de cor
E com o vento que sopra quente
Já não é mais inverno
É primavera
Criança
E nasce o amor
Alexandre