Redenção

Não vou abrir mão das minhas leves mentiras desalmadas

Todos os nossos segredos se encontram no final de alguma encruzilhada

Não levo nada dessa vida, a não ser o que me atrapalha.

E sempre me pergunto se faço certo em ser errada.

Já não sigo mais minhas ideologias

Meus preceitos se acabaram com a pureza de minhas feridas

Minha malícia se esvai como nascer de qualquer um desses dias

Já não sinto a presença de algumas coisas antigas

O novo me consome com anseio

Açoita-me a sanidade e o sono corriqueiro

Faz-me dizer em três dias, o que não digo a um ano inteiro.

Que se for por amor, dar meu coração não receio.

Visto-me de uma mórbida esperança

E passo a acreditar que encontrei o que procurava nessa andança

Mas o medo vem me procurar e deixar a insegurança

E nessas horas, ponho-me a chorar como uma criança.

Um rosto frágil que vem me conquistar

Se fixa um silencio e a dor volta a me guiar

Minha alma se desfaz ao pensar em lhe deixar

E novamente volto para o lugar onde ele está.

Quero acreditar que tudo é perfeito

Nesse sonho quero continuar de qualquer jeito

Já foi tomado meu coração à força de meu peito

Então me resta somente aproveitar o que está feito